Descrição
Antes de começar a falar, o que tenho para te contar é algo que não nasceu apenas em mim, mas foi forjado pela mão de Deus. Quero que saiba, desde o princípio, que, apesar das narrativas contrárias, o ofício pastoral não é uma profissão. Não pode ser reduzido a um trabalho ou a uma carreira como tantas outras. Ainda que leis criadas por homens tentem transformar o ministério em mera função administrativa ou em serviço comunitário, o chamado pastoral transcende qualquer legislação humana. Não é algo que possa ser aprendido apenas em cursos ou livros, embora a teologia e o estudo sejam instrumentos importantes. O pastor não nasce do diploma ou do título acadêmico; nasce do encontro íntimo com Deus e da resposta a um chamado que ecoa na alma antes de qualquer reconhecimento humano.
Ser pastor é mais do que exercer uma atividade religiosa. É carregar no peito uma vocação eterna, uma marca que não se apaga. É viver para o serviço, é responder ao chamado divino com temor e reverência. Fui separado a pastor, ainda como seminarista, em 1995, e fui consagrado em agosto de 2000. Cada etapa desse percurso foi marcada por provações, aprendizados e experiências que moldaram minha fé e fortaleceram minha determinação em servir. Não foram anos fáceis, mas cada desafio encontrou sua resposta na certeza de que Deus me havia escolhido para este caminho. O ministério, em sua essência, exige disponibilidade total. Não há horário de expediente, não há pausa para descanso se a alma do rebanho está em angústia. O pastor está sempre de plantão no mundo espiritual e na vida das pessoas que lhe são confiadas.
Como disse o reverendo Caio Fábio D’Araujo Filho, quando me consagrou pastor em 31 de agosto de 2000, na sede da Comunidade Evangélica em Copacabana, no Posto Seis, no Rio de Janeiro:
“Quem é pastor, já o é. Já nasce pastor. A consagração que fazemos no mundo terreno, antes de tudo, já foi consagrada e definida no mundo espiritual, onde as coisas invisíveis têm sua materialidade.”
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