Uma conversa com o Mal (Super Lançamento)

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Prefácio do livro: Entrevista com o Mal

Há livros que nascem da razão e há livros que nascem de um chamado. Este é um desses.

Uma conversa com o Mal não é apenas uma ficção espiritual, é um espelho do mundo espiritual que nos cerca e que, muitas vezes, fingimos não ver. Nesta obra, Léo Vilhena conduz de forma brilhante o leitor a um território onde a psicologia, a fé e o invisível se cruzam, revelando o que acontece quando o homem se senta diante do próprio mal e tenta compreendê-lo.

A narrativa, intensa e perturbadora, mergulha nas profundezas da alma humana e expõe o conflito entre luz e trevas com uma lucidez rara. É uma história sobre culpa, perdão e redenção, mas também sobre o poder da oração e a realidade das batalhas que se travam além da carne e do sangue.

Quem leu Cartas do Inferno, Este Mundo Tenebroso e O Profeta encontrará aqui a mesma força espiritual e a mesma densidade literária, porém com uma originalidade arrebatadora. Uma obra brasileira.

Escrito sob oração, lágrimas e revelação, Uma conversa com o Mal é mais que um livro: é um encontro.

E, depois dele, dificilmente você verá o mundo da mesma forma. Boa leitura.

Abigail Monteiro
Pastora


O maior truque que o Diabo já pregou foi
convencer o mundo de que ele não existe.

“The Usual Suspects” 1997


Trecho do livro:

Foi o “S” que me prendeu. Não era uma inicial qualquer. Era como se aquele traço solitário escondesse um nome que preferia não ser dito, um nome que ecoava em silêncio, pesando no ar. Passei o dedo sobre a letra, tentando decifrar a intenção por trás dela. “S” de Silêncio? “S” de Sombras? “S” de… Satanás? Sorri da própria insanidade do pensamento, que idiota, mas o arrepio não passou. Aquele “S”

Não havia telefone, nem qualquer forma de contato. Apenas o endereço do meu consultório, como se eu não soubesse onde ele ficava, uma rua antiga no centro de Denver capital do Colorado, Estados Unidos, esquecida pela modernidade, uma grande rua que terminava no alto de uma colina. Lugar onde a cidade com cheiro de biscoito parece perder a voz e o tempo desacelera.

Sou psicólogo há mais de vinte e cinco anos. Já ouvi confissões que fariam qualquer um duvidar da sanidade humana. Gente que matou ou se matou por amor, por ódio, que orou por vingança, que acreditava conversar com anjos ou demônios. Já atendi santos e loucos, às vezes na mesma pessoa. Ou várias personalidades. Mas havia algo diferente nesse convite. Não era apenas o mistério, era a sensação de ser observado, como se alguém, em algum lugar, soubesse exatamente o que eu faria.

Pensei em ignorar, jogar o bilhete fora e seguir com minha rotina comum. Mas o instinto, esse velho traidor que disfarça curiosidade de coragem, me convenceu do contrário. Afinal, o que é a mente humana senão um campo de sombras esperando por quem se atreva a atravessá-las? Como afirmei, não sou nenhum calouro.

Na noite, o céu parecia doente. Nuvens avermelhadas se arrastavam como feridas abertas, e o vento trazia um calor fora de estação. Subi a colina, dirigindo meu carro em silêncio, o farol iluminando ruínas e árvores velhas e tortas.

Quando cheguei, vi o escritório. Cheguei, vi e entrei. Instalado em uma casa antiga, imponente, com janelas altas e cortinas pesadas que escondiam mais do que protegiam, e antes que o eco morresse, a porta se abriu, juro que tive a impressão que abriu sozinha.

A sala era ampla, iluminada apenas por luzes e velas. “Mas, quem colocou aquelas velas ali? Teria sido a minha assistente?”

O ambiente exalava incenso e algo mais, uma estranha presença. No centro, um divã de couro preto e uma poltrona, dispostos como num consultório. Na parede, um espelho. Um velho espelho. Em outra parede, uma pequena biblioteca. Olhei para trás, e de repente eu o vi, ele estava ali, reclinado, tranquilo, como quem já sabia o desfecho antes do início daquela conversa. “Mas, como ele…”

Tinha o rosto de um homem comum, talvez quarenta anos. Cinquenta… Sessenta? Elegante, sereno, quase bonito, extremamente sedutor. Mas havia uma calma perigosa em seu olhar, um olhar que não pertencia a este mundo. Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele sorriu e falou com uma voz calma, como quem inaugura uma confissão:

— Então, doutor… vamos começar?

Na verdade, tinha a aparência de um homem comum, talvez quarenta anos, cinquenta ou sessenta. Elegante, bem vestido, olhar sereno. Mas havia algo perturbador na calma dele, algo que não se aprende em livros nem se vê em rostos humanos.

Antes que eu dissesse qualquer coisa, ele falou:

— Sente-se, doutor. Esperei muito tempo por essa sessão, será uma conversa interessante.

Sua voz era grave e envolvente, como um violino Stradivarius tocando notas que hipnotizam.

— Quem é o senhor? perguntei, tentando disfarçar o desconforto.

Ele sorriu.

— Digamos que sou um velho paciente da humanidade. Todos vocês me conhecem, embora poucos tenham coragem de me olhar nos olhos ou me confrontar.

Silêncio.

Ele se levantou devagar, caminhou até mim e estendeu a mão.

— Pode me chamar de…


 

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